Cada vez mais empresas estão comprometidas a adotar práticas sustentáveis e a envolver ativamente os seus colaboradores nesta transição.

E é com muita alegria que tenho continuado a dar o meu contributo, no sentido de inspirar cada vez mais pessoas para este novo paradigma.

Algumas das temáticas mais solicitadas, para as ações de formação nas empresas, são:

  • Como tornar o dia a dia no escritório mais sustentável?
  • Como podem os colaboradores adotar rotinas mais eco-lógicas?
  • Como começar a transição para a circularidade na minha empresa?

São temas transversais a qualquer setor de atividade. Enquanto profissionais e cidadãos co-responsáveis, sem exceção, todas e todos somos parte desta mudança.

Mas porque é tão crucial que as empresas dinamizem ações de sensibilização e formação relacionadas com o desenvolvimento sustentável e economia circular, para os seus colaboradores? Existem várias razões:

  1. É urgente agir. A responsabilidade ambiental e social, através da implementação de medidas concretas de uma forma integrada em toda a cadeia de valor, e respetiva monitorização, não são mais uma opção.
  2. Quando os colaboradores adquirem conhecimentos sobre estes temas, tornam-se autênticos agentes de mudança – dentro (e fora) da organização. Passam a ser capazes de identificar oportunidades para a implementação de práticas mais sustentáveis e de influenciar positivamente os colegas.
  3. Acabou a era do business as usual. A sustentabilidade da empresa pode e deve ser ressignificada. Em vez de ser vista como uma restrição ou obrigação, pode ser um catalisador para a inovação, levando ao desenvolvimento de novos produtos, serviços e processos.
  4. Um forte (e genuíno) compromisso com a sustentabilidade pode atrair e reter talento. Inclusivamente, as gerações Millennial e Z, cada vez mais, procuram empresas verdadeiramente alinhadas com princípios de sustentabilidade.
  5. Os consumidores têm cada vez maior consciência ecológica. Assim, tendencialmente, dão preferência às empresas com impacto positivo, nomeadamente junto dos seus colaboradores e fornecedores.
  6. A aplicação de práticas sustentáveis pode potenciar o desempenho financeiro da empresa. Por exemplo, ao recusar e reduzir, privilegiando práticas de reutilização e reparação, diminuem-se os custos operacionais.

Muitos outros argumentos poderiam ser enumerados. Contudo, nenhum será suficiente para alguém que ainda não tenha criado consciência eco-lógica suficiente e uma visão sistémica.

Acima de tudo, é preciso ser capaz de perceber que somos apenas uma parte do ecossistema. Que precisamos de dissociar o crescimento económico da extração insustentável de recursos finitos. É urgente perceber o impacto que as nossas escolhas têm – quer a título individual, quer organizacional – ao nível da biodiversidade; saúde, bem-estar e justiça social das populações; paz e prosperidade económica das comunidades.

Filipa Gouveia

Felizmente, cada vez mais empresas e organizações, estão verdadeiramente alinhadas e empenhadas nesta (r)evolução.

Assim, agradeço, em especial, à Cushman & Wakefield pela oportunidade de passar a mensagem a empresas como a Teleperformance Portugal e a Uriage Portugal. Ao Turismo de Portugal, pela possibilidade de acelerar a transição no setor do turismo através da Academia Digital. Ainda, ao Município de Famalicão que continua a dar-me votos de confiança no trabalho junto da comunidade e empresas, como a ROQ.

A caminhada é longa, mas necessária! Mãos à obra!

Filipa Gouveia