Afinal, o que podemos fazer para nos responsabilizarmos pela nossa saúde? E pela saúde do que nos rodeia? Está ao nosso alcance escolher? Eu acredito que sim.

Ponto de partida

Há muito que a ciência moderna confirma o conhecimento ancestral milenar: a qualidade da nossa saúde está diretamente ligada aos nossos padrões mentais, emocionais e comportamentais. E, consequentemente, ao nosso estilo de vida. Isto não é novidade nenhuma para a maioria das pessoas. No entanto, não é por isso que estamos mais felizes e saudáveis.

Tudo importa para a “calculadora da vitalidade”. Por exemplo: as características do lugar que habitamos diariamente representam e nutrem a nossa essência? Como nos relacionamos connosco e com o que nos rodeia? Como nos movemos (ou não) pela vida para concretizar os nossos sonhos? Em que tarefas aplicamos a nossa energia rotineiramente?

A nossa saúde também se interliga com a saúde do meio que nos envolve. Influenciam-se mutuamente e de forma bidirecional.

Transitar para uma Vida ECOnsciente

Como é que o tema da saúde e bem-estar está ligado à sustentabilidade?

Acredito que o estado em que o nosso planeta se encontra está estritamente ligado à forma como nos tratamos, individual e coletivamente. Não estamos dissociados da Natureza. Por isso, é natural que pessoas e comunidades mais saudáveis e conscientes sejam também mais sustentáveis.

Se pensarmos bem, em alguma fase da vida, todos precisamos de tornar os nossos mundos internos mais ecológicos (reduzir lixo mental; regenerar a energia vital; recuperar hábitos saudáveis; reduzir comportamentos tóxicos; partilhar ideias). Tudo isto tem um impacto direto na forma como interagimos com o nosso mundo externo.

E tudo parte do primeiro passo: consciência.

Fotografia: Jamie Street

Quais as alternativas? 

Se não queremos desperdiçar recursos naturais do Planeta, também devemos ter muita atenção com os nossos próprios recursos internos. Pessoalmente, tenho-me apercebido da importância de:

  • Praticar uma alimentação mais limpa, sazonal e nutritiva; 
  • Contactar com a natureza diariamente;
  • Cultivar os meus alimentos de forma natural;
  • Recorrer a práticas terapêuticas e medicinas naturais;
  • Rodear-me de like-minded people e ambientes positivos;
  • Investir tempo naquilo em que acredito e que me faz bem;
  • Envolver-me em projetos que têm um impacto positivo para mim e para os outros.
  • Fazer a higiene diária das emoções, cuidando do corpo e mente – “mente sã, corpo são”
  • Escolher o que posso “não fazer” – “menos é mais”

Parto do princípio: se me faz bem a mim, também faz bem ao Planeta (e vice-versa).

Cada um de nós deve procurar as suas próprias soluções. Talvez a grande questão seja: como posso simplificar a minha vida?

Por uma Vida ECOnsciente,

Filipa Gouveia